sábado, 3 de dezembro de 2016

Visitas à Quinta do Sanguinhal

No âmbito do tema do projeto do Agrupamento, “O Bombarral e o Vinho, identidade e tradição”, foi organizada uma visita de estudo, com as turmas do 4.º ano, às instalações de Quinta do Sanguinhal, no passado mês de setembro.
A visita guiada decorreu durante o período da manhã, em que os alunos percorreram as instalações da quinta e acompanharam o processo das vindimas, até à sua transformação em vinho.
Na Quinta do Sanguinhal, os alunos puderam observar a vasta área destinada à produção de uvas com castas seleccionadas. Visitaram uma antiga destilaria onde antigamente se produziam aguardentes vínicas e aguardentes bagaceiras. Visitaram ainda o antigo lagar, com prensas de vara, datadas de 1871,onde tiveram oportunidade de ver as garrafas de vinho com a rotulagem própria da Quinta do Sanguinhal, e finalmente a cave de envelhecimento com 36 tonéis.
Durante a visita, puderam desfrutar dos vastos espaços ajardinados do sec. XIX que a Quinta ainda preserva, local onde puderam lanchar e observar plantas e árvores luxuriantes, tanques, assim como a casa principal.
Esta visita de estudo visou fornecer aos alunos um maior conhecimento sobre a temática do vinho e seu enquadramento na Vila do Bombarral.

sábado, 5 de novembro de 2016

O brasão de armas do Bombarral


O nosso primeiro post não poderia deixar de ser dedicado ao brasão de armas do Bombarral. Ele próprio espelha a importância fulcral da atividade vinícola no nosso concelho à época. 

Augusto José Ramos (1939) transcreve, na sua obra "Bombarral e seu concelho", o parecer da Secção de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, aprovado 1922. É esta a fonte dos excertos que a seguir se transcrevem.
(...)
De velhos tempos é o Bombarral baluarte da viticultura. O desenvolvimento deste principal ramo da agricultura, esta grande indústria, tem absorvido por completo o Concelho do Bombarral, tornando-o conhecido em todo o Paiz e no estrangeiro.
Não há na história do Bombarral, assim, qualquer facto que reproduzindo-o no selo, caracterize esta Vila. Mas se não ha facto de aventura historica, ha um facto que prova a razão da sua existência e do seu grande desenvolvimento, é a Viticultura.
Portanto, deve sêr a representação desta importante industria que deve caracterisar o Concelho no seu selo e no aproveitamento desta para o brazão.
(...)
Achei na Armaria Franceza o que desejava como base para este estudo sobre o Bombarral.
Percorrendo o explendido "Armorial National des Villes de France" do pintor heraldico van Driesten e do livreiro editor Ch. Caesen, Paris, 1889, eu vejo cachos d'uvas no brazão de Andelys (...) e também no brazão de Thouars(1) o qual serve de entreposto aos cereaes e aos vinhos das comunas ruraes da região.
Assim está o Bombarral, é o centro comercial e o ponto de partida, principalmente para o Norte do Paiz, do alcool extraido de grande quantidade de vinhos que se colhem naquelas regiões e que é considerado como preferido para a preparação dos preciosos vinhos do Douro.
É uma riquíssima indústria a da destilação de aguardente no Bombarral.
Proponho pois que a constituição do brazão do Bombarral seja: "de prata com trez cachos d'uvas de purpura folhados a verde".

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(1) - Referência antigo brasão de armas de Thouars, do início do sec. XX.